terça-feira, 22 de maio de 2012

O Cão e o Gato Infartam?

A ocorrência natural de infarto agudo do miocárdio (IAM) é rara nos cães e nos gatos. Isto se feve a vários fatores pré-disponentes do infarto no homem não ocorrerem, em sua grande maioria, nos animais. Poderíamos citar vários exemplos como o fumo, stress, sedentarismo etc....
Na realidade qualquer animal que apresente um coração pode infartar. Além dos fatos citados acima, podemos dizer que a capacidade de metabolizar triglicerídeos, colesterol e lipídeos é mais eficiente nos animais carnívoros (adaptados para o consumo exclusivo de proteína de origem animal), sendo assim o depósito de gordura nos vaos coronários é menor. Lembrando que os cães e gatos são carnívoros, do ponto de vista da sistemática zoológica.
O infarto mais comum nos cães é o infarto intramural microscópio (MIMI) e está associado a septcemias, aterosclerose coronariana, embolias a partir de focos de endocardite bacteriana, neoplasia e senilidade. O MIMI não apresenta sinais clínicos exuberantes, em virtude deste fato é difícil o diagnóstico.
Em algumas situações a aterosclerose  ( é uma doença inflamatória crônica, onde se formam placas de lipídeos e tecido fibroso, dentro dos vasos) pode ocorrer. Nos cães o hipotiroidismo e a obesidade são fatores de risco, para a aterosclerose coronariana. Mesmo assim a circulação colateral, permita que o animal permaneça sem sintomas.
Em animais mais velhos podemos encontrar sinais sugestivos de hipóxia do miocárdio, no eletrocardiograma realizdo de rotina. O tecido morto será substituido por um tecido de cicatrização que não terá a mesmas características do miocárdio sadio.
Outra possibilidade de MIMI é a  embolia por focos bacterianos, onde TÁRTARO é uma das principais causas.
Os cães podem até infartar, porém é difícil morrer por conta disso.
Devemos lembrar a importância de realizar um eletrocardiograma para qualquer procedimento anestésico, manter os animais com o peso ideal, realizar tratamento periodontal.


                                                               ATEROSCLEROSE



                                              EMBOLIA POR FOCO BACTERIANO

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Tártaro e Coração, qual a Correlação?

A Doença do Periodonto, é uma  doença muito comum nos cães, cerca de 85% dos cães com mais de três anos de idade são acometidos por está afecção.
A gengivite é a inflamação da gengiva e a periodontite é a destruição de tecidos de sustentação do dente.
Tem como causa principal a placa bacteriana, presente na cavidade oral, em conseguência da falta de higienização (escovação dos dentes etc....) ou da falta das profilaxias realizadas por Médico Vterinários rotineiramente.
As bactérias predominantes na placa bacteriana e nos sulcos gengivais são aeróbias e Gram positivas. A inflamação instalada e a contínua proliferação bacteriana podem acarretar retração ou hiperplasia gengival, formando assim cavidades gengivais que favorecem ainda mais o acúmulo de bactérias, passando então a predominar as bactérias anaeróbias, geralmente Gram negativas (Harvey & Emily, 1993).

OBS: Reparem a retração da gengia e o acúmulo de placa bacteriana. Paciente da Clínica Veterinária Doutor de Bicho, antes do tratamento.

O nosso interesse nesta publicação é mostrar que o "tártato", pode proporcionar o desenvolvimento de doenças sistêmicas como:
- Glomerulonefrite = é o processo inflamatório nos rins, primário ou secundário a doenças inflamatórias   
                                sistêmicas.
- Hapatite = processo inflamatório do fígado
- Poliartrite = inflamação das articulações do corpo, geralmente artrite em mais de cinco articulações.
- Endocardite bacteriana = como uma infecção que ocorre nas válvulas cardíacas ou tecidos endoteliais do coração

Estas inflamações ocorrem devido a bacteremia durante a mastigação, pelo movimento dos dentes com mobilidade e vascularização do periodonto.
Quando abordamos doenças cardio-pulmonares em cães, sempre devemos levar em consideração as doenças periodontais se estiverem presentes neste paciente.

Como vimos a doença periodontal, afeta não somente a cavidade oral, mas sim outros orgãos nobres como o rim e o coração.
Infelizmente a doença periodontal não tem cura, e sim controle. Deve ser feito a higienização diária e o tratamento regular do "tártaro" com o Médico Veterinário.

O mesmo cão, após o tratamento na nossa clínica. Reparem que existe um pequeno sangramenro, devido a inflamação gengival.





terça-feira, 8 de maio de 2012

Prolapso da Glândula da Terceira Pálpebra

É a saída da glândula da terceira pálpebra para fora da fissura palpebral, também pode ser denominada de patologia de CHERRY EYE. O deslocamento se dá em função do desenvolvimento anormal das bandas de tecidos que fixam a glândula na região periorbital.
Tem como causa a Hereditariedade - Ausência congênita do retináculo
                             Traumática - Feridas da órbita ou da terceira pálpebra.        

Está foto abaixo, é de um clíente da Clínica, o nome dela é Charlloty. A imagem já diz tudo.

                 
Mais um caso de Prolapso da Glândula da Terceira Palpebra.







Veja se seu Cão está Magro, Normal ou Gordo?

O índice elevado de gordura, ou seja, o pesoem excesso, está relacionado com problemas cardiovasculares,
infertilidade, diabetes, artrite, dificuldade em se locomover ou respirar e prejuízos na cicatrização de feridas.
Por isso, devemos saber como avaliar nossos cães para saber se estão dentro dos padrões.
É fácil, basta fazer uma comparação com este visual do seu cão  e com o gráfico abaixo.


Podemos mais técnicamente calcular o indíce de massa corporal dos cães, o IMCC

IMCC =  peso corporal (kg)
               ______________
               (estatura em m)²

O pontos de referência a extensão entre a base da nuca (articulação atlanto-occipital) e o solo imediatamente atrás dos membros posteriores, passando e apoiando a fita sobre a base da cauda (última vértebra sacral), ficando a fita exatamente medial às tuberosidades ilíacas, sobre o dorso do animal.
Observem o desenho:

A linha preta representa o trajeto da fita métrica sobre a coluna até o limite plantar do membro posterior

Depois de fazermos o cálculo, comparamos com a tabela abaixo.

1 - Abaixo do peso -->  (abaixo de 11,7)
2 - Peso ideal --> (entre 11,8 e 15)
3 - Acima do peso --> (entre 15,1 e 18,6)
4 - Obeso --> (acima de 18,7)


* Resultados obtidos pelo programa SAS SYSTEM (BARR et al., 1979).