sexta-feira, 22 de novembro de 2013

PARALISIA PELA PICADA DO CARRAPATO

Introdução

A Paralisia do Carrapato é uma doença pouco conhecida, porém muito grave. Trata-se de uma moléstia aguda causada por toxinas produzidas pela fêmea do carrapato, durante o parasitismo no hospedeiro. Geralmente ocorre em animais como cães, cabras e ovelhas, mas pode ocorrer em humanos.

Efeitos sistêmicos e casos relatados em humanos

A toxina presente na saliva do carrapato é capaz de interromper as sinapses nervosas na medula espinhal e bloquear as junções neuromusculares, inibindo a liberação de acetilcolina e causando danos aos sítios receptores. Aproximadamente 40 ou mais espécies de carrapatos podem causar a paralisia. Na América do Norte, a espécie mais relacionada é a Dermacentor andersoni ou Dermacentor variabilis, na Austrália, Ixodes holocyclus, no México geralmente é causado pelo Amblyomma maculatum. No Brasil, têm sido relatados casos em cabras, ovelhas e no gado, causados pelo Amblyomma cajennense (REMONDEGUI, 2012).

Os sintomas evoluem rapidamente e podem ser inespecíficos. Muitas vezes se parecem com as manifestações da síndrome de Guillain-Barré. Entre os sinais estão, disfunção de nervos periféricos, dificuldade respiratória, efeitos cardiovasculares, vômitos, dificuldade em caminhar e em segurar objetos, formigamento, visão turva, prostração, febre leve, entre outros. Casos fatais têm ocorrido, apesar de serem mais raros. Normalmente, os sintomas aparecem poucos dias após contato direto com áreas ou animais infestados por carrapatos, principalmente em zonas rurais.  Os sintomas vão evoluindo enquanto os carrapatos estão se alimentando no hospedeiro, sendo que após a remoção do artrópode, o quadro clínico tende a retroceder.

Deve-se prestar atenção, pois muitas vezes o carrapato está fixado em um local de difícil visualização, como ocorreu no relato de caso de paralisia por carrapato em uma criança. Apenas após alguns dias de sintomas severos com internação em UTI, um carrapato foi encontrado no couro cabeludo da paciente. Os médicos estavam suspeitando apenas da síndrome de Guillain-Barré. Com a remoção do parasita, a paciente se recuperou rapidamente (FELZ et al., 2000).

Em muitos casos de mortes causadas por paralisia generalizada sem diagnóstico, foram encontrados carrapatos na cabeça ou pescoço do indivíduo durante a autópsia.

No Brasil foi relatado oficialmente um caso em humanos até agora, em uma mulher de 28 anos que esteve em uma fazenda e manteve contato com cavalos, pastos, rios e capivaras. (ALMEIDA et al., 2012).

Os pets são potenciais hospedeiros de carrapatos e podem trazer espécies, como as aqui relatadas, para dentro das casas das pessoas. Além disso, casos de paralisia em cães (WALL & SHEARER, 2001) e gatos (SCHULL; LITSTER; ATWELL, 2007) também têm sido relatados.  Por isso, a melhor forma de combate dessa doença é a prevenção. Cães e gatos devem estar sendo sempre inspecionados e tratados preventivamente contra ectoparasitas. A utilização de coleiras anti-pulgas e carrapatos de longa duração é indicada principalmente nos casos de animais que tem livre acesso a áreas externas.


Referências

ALMEIDA, R. A. M. B.; FERREIRA, M. A.; BARRAVIERA, B.; HADDAD JR, V. The first reported case of human tick paralysis in Brazil: a new induction pattern by immature stages. J. Venom. Anim. Toxins incl. Trop. Dis. 2012, vol.18, n.4, p. 459-461. Disponível em:  <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1678-91992012000400017&script=sci_arttext>. Acesso em nov. de 2013.

FELZ, M.W.; SMITH, C. D.; SWIFT, T. R. A Six-Year-Old Girl with Tick Paralysis. The New England Journal of Medicine. 2000, v. 342, n. 2, p. 90-94. Disponível em: <http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200001133420204#t=article>. Acesso em nov de 2013.

REMONDEGUI, C. Tick paralysis cases in Argentina. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2012, vol.45, n.4, p. 533-534. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86822012000400025&script=sci_arttext>. Acesso em nov. de 2013.

SCHULL, D. N.; LITSTER, A. L.; ATWELL, R. B. Tick toxicity in cats caused by Ixodes species in Australia: a review of published literature. Journal of Feline Medicine and Surgery. 2007, v. 9, n. 6, p. 487-493.

WALL, R.; SHEARER, D. Veterinary Ectoparasites – Biology, Pathology & Control. 2. ed: Blackwell Science, 2001. 262p.

CICLO DO CARRAPATO





quinta-feira, 1 de agosto de 2013

TRATAMENTO PERIODONTAL

TRATAMENTO PERIODONTAL 


O Tratamento peridontal tem por objetivo devolver a saúde bucal, portanto, deve remover toda a placa bacteriana e todo o tártaro (acima e abaixo da gengiva) dando condições para que a gengiva "grude" novamente no dente para que possa proteger as estruturas que sustentam o dente. Deve deixar a superfície dos dentes lisa para dificultar o acúmulo da placa bacteriana e também facilitar sua remoção através da escovação.
O tratamento periodontal básico é indicado para pacientes jovens ou pouco presdispostos à doença e também para aqueles que fazem tratamentos regularmente, com doença periodontal inicial (apenas inflamação da gengiva e tártaro, não havendo bolsa periodontal). Um tratamento básico consiste:
  • Exame clínico e exames pré-anestésicos;
  • Anestesia inalatória;
  • Exame clínico detalhado de toda a cavidade oral, incluindo dentes, mucosas e especialmente a gengiva onde é feita a sondagem periodontal com auxílio de uma sonda periodontal milimetrada. Para que este exame seja completo e confortável para o paciente, ele precisa estar dormindo, por isto ele é anestesiado. Este exame minucioso da cavidade oral é importante por vários motivos:
    • A quantidade de tártaro não é uma parâmetro seguro para se avaliar a saúde oral. A sondagem periodontal possibilita um diagnóstico preciso da condição de saúde periodontal do seu pet, permitindo um tratamento personalizado para devolver uma boca saudável.
    • Outros problemas que não foram notados e o paciente não reclama podem ser diagnosticados e tratados devolvendo a saúde oral;
  • Remoção do tártaro (com uso de ultrasom odontológico e curetas manuais);
  • Polimento dos dentes (com uso de taça de borracha e pasta profilática);
  • Recomendações para manutenção da saúde bucal através de cuidados odontológicos em casa;
  • Reavaliações periódicas. 


    
                                
Saúde geral comprometida

Quando se instala a periodontite, as bactérias conseguem cair na circulação sanguinea, procurando novos sitios para poder se instalar.

Órgãos como coração, rins e fígado são atingidos por estas bactérias. O mesmo pode acontecer em articulações, levando ao sofrimento total do paciente.


Em casos de Doença Periodontal, cães e gatos tem sua vida encurtada pela deterioração sistêmica, e acabam vivendo menos de que viveriam se tivessem cuidados odontológicos.

Para que ele tenha uma vida saudável e longa, você deve procurar um especialista em odontologia veterinária que possa realizar a avaliação, planejar o tratamento e iniciar a prevenção.




quinta-feira, 6 de junho de 2013

Importância da Castração Precoce

Boa Tarde, 

Porque é importante castrar uma cadela ou uma gata precocemente?

As respostas são simples:

O risco de desenvolvimento de neoplasias mamárias em cadelas castradas antes do primeiro ciclo estral é de 0,05%, após o primeiro estro sobe para 8%, e é de aproximadamente 26% quando a castração ocorre após o segundo estro. (MORRISON, 1998). A castração só previne o aparecimento do tumor de glândula mamária, se for feita antes de um ano e meio.

Em segundo lugar temos a piometra que é uma patologia que acomete o útero de cadelas e gatas não castradas, de meia idade a idosas. É responsável por um índice elevado de mortalidade, quando não diagnosticada precocemente. É caracterizada por ser uma infecção bacteriana, com presença de exsudato muco-purulento no lúmen uterino, essa patologia se dá no endométrio que sofreu hiperplasia endometrial cística em decorrência de uma estimulação prolongada de hormônios. É importante também a castração para evitar a temida piometra.

A super população também é evitada, não ocorrendo gestação indesejada e consequentemente animais abandonados.



quarta-feira, 24 de abril de 2013

Viajando com seu Pet

Feriados, finais de semana e férias são sempre uma oportunidade para viajar com a famíliatoda, incluindo o seu animal de estimação.
O artigo 235 do Código de Trânsito Brasileiro, que caracteriza a condução de animais na parte externa do veículo  como infração grave (cinco pontos na carteira) e passível de multa e retenção do automóvel. Significa que é proibido levar o cão pela guia, por exemplo, de dentro do carro em movimento, ou mesmo em caixa ou gaiolas sobre o teto do veículo.
O artigo 232 do Código, prevê que o motorista pego segurando animais à seu esquerda, no colo, entre os braços ou as pernas, no momento que estiver dirigindo, incorrerá em infração média e também levará multa. Isso porque qualquer movimento do animal pode atrapalhar a visão do motorista, provocando um possível acidente.
Qual a forma mais adequada de levar seu melhor amigo(a)?
No carro vai depender do comportamento dele. Os GATOS, realmente devem ser transportados em caixas específicas e o tamanho ideal. O tamanho ideal é aquele em que o animal consegue entrar e virar sozinho lá dentro. Os CÃES, podem adaptar a cinto de segurança e à cadeirinha, pois se forem muito agitados talvez não gostem de ficar fechados em caixas. Lembrar de transpostar tanto cães e gatos no banco de trás.

Em viagens de ÔNIBUS, as empresas geralmente exigem guia de vacinação e comprovação de bom estado de saúde via atestado de sanitário, emitido por Médico-Veterinário. Os animais podem ser transportados na cabine em seu proprietário, sempre dentro de caixas específicas para esse fim ou então em compartimentos especiais que tenham ventilação, iluminação e segurança, garantindo o seu bem-estar. Vale a pena entrar em conatato com as empresas de ônibus.
Viajando de AVIÃO. Para transportar animais em aeronaves, os cuidados são redobrados. Cada empresa possui uma política. Geralmente estão em seus sites.
Na Gol, o transporte aéreo de animais vivos pode ser feito como carga ou então como bagagem em embalagens apropriadas de devidamente identificadas, como é o caso de cães e gatos de até 30Kg e a partir de quatro meses, com exceção de algumas raças, entre outros requesitos que devem ser devem ser cumpridos. Os demais animais só são transportados pela Gollog e os donos devem ficar atentos, pois não são feitas reservas para o transporte de animais vivos ao finais de semana e feriados.
Na Azul, existe o Pet na Cabine, ou seja, o animal vai pertinho do dono dentro da cabine da aeronave. Mas, o benefício só é possível se o peso total (animal + container) for, no máximo, de 5Kg. São permitidos apenas três animais domésticos (cão e gato) por voo, com mais de quatro meses de idade e em embalagem apropriada com dimensões específicas e piso interno revestido com material que contenha e absorva urina e fezes, evitando vazamento durante o transporte.
Na Tam, cães e gatos são aceitos na cabine de passageiro caso o peso total (animal + container) não ultrapasse 10Kg. E os mesmos procedimentos como caixa apropriada, atestado sanitário etc......



quarta-feira, 6 de março de 2013

Quais as Frutas Que Seu Cão Pode Comer!!!!!!!!!!

FRUTAS ????

Essa é uma pergunta frequente na clínica.
Meu Cão pode comer frutas?
As frutas de modo geral não causam nenhum problema aos cães. Salve algumas exceções como a uva que pode ser tóxica e acredita-se que pode ser uma das causas de insuficiência renal aguda em cães.
Como cada organismo reage de forma diferente a cada tipo de alimento, é bom observar se o seu animal manifesta sintomas indesejáveis como vômito e diarréia após a ingestão de determinada fruta. Caso isso ocorra, a ingestão da mesma deve ser suspensa.
Devemos lembrar que se nosso cãozinho tiver tendência à obesidade, ele não deve comer frutas ricas em açúcar. Já, se as fezes estiverem pastosas, ele não deve ingerir frutas com efeito laxativo.
De modo geral, devemos permitir a ingestão de frutas somente como forma de petisco, ou seja, pequenas quantidades e com pouca freqüência. Nunca devemos permitir a substituição das refeições à base de ração, por qualquer outro tipo de alimento, nem mesmo pelas frutas. Devemos lembrar que as rações são alimentos balanceados e nutrem de forma completa os nossos animais.
Para maiores esclarecimentos converse com o veterinário da sua confiança.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Nosso Amigo Jhony

Bom dia,

Este é o Jhony, nosso amigo aqui na clínica. Ele tem Diabetes, mas está compensada, graças do esforço de sua proprietária Marlene Ferraz. Estamos muito felizes com ele.





quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O Processo do Envelhecimento Canino

AGEING (ENVELHECIMENTO)

O envelhecimento é um processo biológico progressivo, influenciado por fatores genéticos, ambientais, nutricionais e pelo estresse oxidativo, ou seja, pela ação dos radicais livres sobre as células.
Existe no cão e no gato a fase da maturidade, que é um período no qual se instalam as modificações celulares, endócrinas e metabólicas, muitas vezes ainda não perceptíveis aos olhos dos proprietários.

SINAIS DE ENVELHECIMENTO MAIS VISÍVEIS.

 - Declínio da condição da pele e pelagem, embranqueçimento dos pêlos.
- Comprometimento de funções cognitivas, como visão, audição, olfato e paladar.
- Mudanças comportamentais, como letargia e depressão ou irritabilidade e nervosismo.
- Perde de massa muscular e aumento do tecido adiposo.
- Declínio da eficiência da termorregulação, manutenção da hidratação, função endócrina e preteção imunológica.
- Declínio da saúde oral, funçaõ renal e capacidade digestiva.



terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Controle de Pulga e Carrapato

Controle Ambiental de Pulgas e Carrapatos

Controle Ambiental de Pulgas e Carrapatos é tão importante quanto o combate desses parasitas no seu Pet.
Pulgas e carrapatos são extremamente resistentes, inclusive quando instaladas no ambiente. Eles podem estar escondidos em frestas de pisos, madeiras, gramas, tapetes, carpetes e até na própria caminha dos Pets. Devido à resistência desses ectoparasitas no ambiente, o tratamento unicamente dos cães não é eficaz para o combate e controle. Como parte de seu ciclo de vida ocorre no ambiente, este também deve ser tratado para interromper o desenvolvimento desses intrusos indesejáveis.
Pulgas e carrapatos trazem incômodo, irritação, além de muitas doenças ao seu Pet.
As populações de pulgas e carrapatos adultos que se encontram nos animais representam apenas 5% do total da população, os demais 95% estão no ambiente em forma de ovos ou larvas de pulgas; ou ovos, larvas ou ninfas de carrapato.
PULGAS
As pulgas são pequenos parasitas conhecidos por sua excepcional capacidade em pular. Elas podem pular acima de 1.000 vezes seu próprio peso, 75 vezes sua própria altura e 25 vezes seu próprio comprimento. A pulga do gato, Ctenocephalides felis, é a espécie de pulga mais comum em cães e gatos na maioria dos lugares do mundo. As pulgas adultas vivem permanentemente na pele e se alimentam de sangue de seus hospedeiros. Infestações severas podem causar anemia, principalmente em filhotes. Cada alimentação da pulga dura em torno de 15 minutos, podendo uma pulga sugar cerca de 15 vezes seu peso corporal em sangue.
Após se alimentar, a pulga acasala várias vezes por até 36 horas e passa a pôr ovos - uma pulga adulta põe em torno de 2 mil ovos durante sua vida adulta.
Ciclo da Pulga
As fêmeas depositam em torno de 50 ovos por dia, durante um período de 21 dias. Esses ovos são lisos e escorregadios e caem do corpo dos cães, principalmente quando estes se coçam. Os ovos no ambiente eclodem num período de até 10 dias em dependência da temperatura e umidade ambientais. Estes se aprofundam nos carpetes, cobertores e frestas de pisos, onde se alimentam de restos orgânicos e fezes de pulgas adultas.
Em 5 a 11 dias formam um casulo dentro do qual ocorre a formação da pupa. A 27°C e 80% de umidade ambiental as pupas podem se transformar em pulgas adultas em apenas 5 dias. Porém, tal fato só ocorre se houver animais ou pessoas no ambiente; caso contrário, as pulgas podem permanecer no casulo por até 140 dias.
Normalmente, o ciclo de vida se completa em 3 a 4 semanas e as pulgas vivem no animal por mais de 100 dias. A partir do quarto dia se alimentando de sangue do animal, começa a colocar seus ovos. Se não interrompermos o ciclo, a infestação no animal torna-se extremamente incômoda e maléfica a sua saúde.
CARRAPATOS
Os carrapatos, além de causarem grande irritação e desconforto nos animais, são carreadores de alguns parasitas que vivem no sangue do Pet (hemoparasitas).
Seu controle no ambiente é difícil devido à facilidade que possuem para reproduzir e se espalharem além da resistência a alguns produtos utilizados no seu combate. Estes ectoparasitas habitam frestas de piso e parede, forro dos canis, debaixo de móveis e outros locais. Eles desprendem-se dos cães, em qualquer fase do desenvolvimento.
Ciclo de desenvolvimento do Carrapato:
O conhecimento do ciclo de desenvolvimento do carrapato é extremamente importante para uma melhor eficácia do tratamento no ambiente. As fêmeas adultas podem atingir até 11 mm de comprimento, possuem coloração marrom-avermelhada e os machos medem cerca de 3,5 mm e são mais escuros. É uma espécie que parasita três hospedeiros diferentes. A larva tem seis patas e após o período curto de ecdise, perde a pele e se transforma em uma ninfa como oito patas, que busca outros hospedeiros, e após fixar-se, alimenta-se por uma semana deixando-se cair novamente no chão. Caso não encontre hospedeiros, as larvas podem sobreviver até 568 dias sem se alimentar, sendo, portanto, muito resistentes. As ninfas também suportam longos períodos sem alimento, podendo sobreviver até 180 dias.
Dependendo da umidade e temperatura, as ninfas se transformam em adultos entre duas e três semanas. Os adultos iniciam a cópula quatro dias após e sua fixação nos hospedeiros e as fêmeas se tornam ingurgitadas entre 6 e 50 dias, quando então podem abandonar os cães e começam a postura, que pode durar até 29 dias, depositando-se 4.000 a 5.000 ovos cada uma. A postura é feita em frestas, debaixo de pedras, folhas secas, ou até na cobertura dos canis, já que as fêmeas podem escalar até 4 metros de altura. Em 4 dias começa a eclosão dos ovos, que, em grupo de milhares, recomeçam o processo, irritando cães e seus donos. Os adultos são a fase mais resistente e podem sobreviver até 580 dias sem hospedeiro.
Forma de controle Ambiental:
Assim como as pulgas, o carrapato não é um problema só do animal, mas sim do ambiente. O carrapato, em todos os seus estágios de vida (desde larva até adulto), é muito resistente. Assim, combater o carrapato é difícil.
Os inimigos que os proprietários de cães não vêem, ou seja, os ovos e larvas, estão no ambiente e nele sobrevivem durante muitos meses. Assim, muitos são os casos de proprietários que vivem combatendo o carrapato no cão, mas nunca conseguem exterminá-lo por completo.
Um outro detalhe é que os carrapatos colocam seus ovos na vegetação e também em frestas das paredes e piso. Dessa forma, todos esses lugares têm que ser tratados e não os cães somente.
Um combate eficaz ao carrapato inclui:
Aplicações mensais de ectoparasiticidas, concomitantemente a aplicações de produtos carrapaticidas no ambiente. Animais de pêlos longos devem ser tosados no verão, época em que o calor e umidade fazem com que a incidência de carrapatos aumente muito.
No ambiente:
Uso de carrapaticidas: aplicar nos canis, casinha dos cães, em plantas e canteiros, atentando para frestas nas paredes ou pisos e ralos. Repetir o tratamento a cada 15 dias no caso de infestações muito severas ou 21 dias; devendo ser, no mínimo, três aplicações para interferir no ciclo reprodutivo e de desenvolvimento do parasita de forma eficiente.
Em canis de alvenaria, o uso da vassoura de fogo é muito eficaz. O calor irá destruir todos os estágios do carrapato. Repetir o tratamento a cada 15 dias; se possível, fechar todas as frestas existentes nos canis ou paredes dos quintais, assim como no piso; a rotação de ativos a cada 2 ou 3 aplicações é muito importante para que o carrapato não desenvolva resistência e o tratamento passe a ser ineficaz.